domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tempo de viver

O fim trouxe-me um novo começo.
O ar frio se foi deixando o caminho livre para ser habitado pelo ar fresco, que atingiria minhas narinas e passaria por todo o meu corpo e ficaria ali durante alguns meses. O frescor trouxe cor, perfume, felicidade, dias agradáveis. Um período de meses transformava-se numa vida dia após dia; tímidas, elas se desabrochavam para o mundo, entregando-lhe toda cor e perfume que podiam enquanto estivessem ali. Depois,  assim como na vida, morriam. Para alguns, passavam despercebidas; para mim, era únicas mesmo que outros olhos podessem vê-las como se fossem iguais, as mesmas. Quando se iam, deixavam-se em mim o que, um dia, foram.
A grama ficou mais viva, as plantas começaram a sinalizar o que iria acontecer, a mudança dos ventos e da luz solar ocorreu e quando a paisagem por inteiro estava prestes a adiquirir toda a beleza que meus olhos, ano após ano, nunca se cansaram de admirar, senti que era tempo de viver e levar todas as flores que vivem em mim comigo; era tempo de me reflorescer.
Todo tempo é tempo de viver, mas foi a primavera que me trouxe vida. Em tempos de verão, fiz em mim, uma primavera.

Um comentário:

Swallowed Words. disse...

Tu conseguistes escrever, eu consegui escrever, todos ficam felizes.