segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

É tudo, sim, questão de visão. O que é complicado e o que é simples. O que não é preciso, o que é preciso e o que não é preciso mas você faz mesmo assim. Faz porque é preciso pra você. Faz porque, se não fizesse, não faria nada, não sairia do cômodo. É tudo, sim, questão de visão. Visão que se modifica com o tempo. Metamorfoseia. Muda e continua o mesmo. A borboleta que não deixa de ser lagarta. A lagarta que não sabia que viraria borboleta mas ao sentir na sua natureza que sim, caminha para o dia de sim e quando o sim chega, voa. Planeja todos os rodopios enquanto está no casulo e depois voa. Observa o próprio mundo que tem por dentro no casulo. Conhece a si no casulo. Vasculha, pesquisa, questiona o que vem aos seus sentidos (a luz, a noite, o som dos tantos outros animais) e sente. Sente com os sentidos cegos, que se afloram. E voa. Se continuo como estou, é a minha visão. Agora, se como estou é a maneira que eu deveria estar? Essa já é a visão futura, independente de eu continuar ou não. Independente de eu continuar ou não, mudo. Mudo para um caminho meio-caminho-que-sei e outro caminho-não-imagino-como-seja. Nem sempre é possível ver quando chego. Meio é sentido, o outro meio é invisível. Sentido invisível que nos vem a nossa natureza, vivi em nosso coração mas não há forma nem palavra. É sensação perdida, mas muito bem achada. Não sabe conscientemente que está lá, mesmo assim não deixa de estar. É assim a vida, o meio caminho. Meio caminho entre as sensações as de nome e as de sem. Meio caminho entre os planos e o que nunca imaginamos. É assim. Voamos.

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