segunda-feira, 23 de abril de 2018

O rio

Não adianta. Quando a mente é livre, não adianta. Não adianta prender. Não adianta sufocar. Ela mesma se solta. Pode ser, no início, levada. Continua por um tempo. Gera sorrisos nos rostos daqueles que a prendem. De satisfação. Se sentem poderosos. Poderosos por conseguir prender a liberdade. Mas não é assim tão fácil. Não basta apenas um plano. Não basta apenas essa satisfação. Essa sujeira. Ela mesma pode ser fonte de liberdade. Mesmo sendo sujeira, ainda assim: desperta. Não deixa que vá pelo caminho contrário. E se liberta.

Não há correntes para a liberdade.

Sobre mim.
 Sobre me ver indo pelo caminho que não pertence a mim. 
Sobre ver a vida indo. 
Sobre querer lutar pelo meu, pela minha, os nossos.
 Sobre os sonhos, sobre a Terra. 
E tudo que está ao nosso alcance. 
Esperando pra ser percebido. 

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