quinta-feira, 25 de março de 2010

Chegou e infelizmente, partiu logo.

Um dos mais estranhos dias de minha vida.
Cheguei, soube da notícia. Não era boa, me afetou mas eu sabia que haviam pessoas muito mais afetadas que eu. E assim que acontece quando uma noticia forte vem a tona, fica difícil de digerir.
Rostos que eu costumava reparar sorrisos, não sorriam mais. Não hoje. Seus sorrisos foram trocados por feições de triste ou até algumas lágrimas esgorregando sob a bochecha. Lágrimas doloridas, tenho certeza.
Dóia apenas em vê-las. Eram crianças pelo banheiro, meninas com o coração sangrando. Amigas. Sim, elas eram amigas. Meu instinto materno estava a flor da pela. Acolhi-as em meus braços, as abracei e deixei que chorassem em meus ombros em vez de colar o rosto na parede gelada, tentando atravessá-la, penso assim, tentando sair um pouco daquele mundo e abandonar aquele sentimento ruim e invasor.
Todos já sentimos dor. Tristeza por alguém. Mas é diferente, é diferente quando esse alguém se vai sem ao menos se despedir ou te deixar dizer umas últimas palavras carinhosas.
Aquela menina era desconhecida para mim. Sim, eu não a conhecia, nunca havíamos conversado e mesmo assim, fiquei tensa. Ela tinha apenas onze anos e se foi, mesmo tendo muito o que viver. O que fazer? Não teve escolha. Não temos escolha quando a nossa hora chega. Nossa hora de partir.
Espero que a vida daquela pequena menina tenha sido boa, maravilhosa.
Que Deus a tenha.

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