quarta-feira, 29 de junho de 2011

Em busca da inspiração, segunda parte.

Essa menina, parecia ser perfeita e diferente a alguns olhos mas, como dizem por aí, ninguém é perfeito. A maior imperfeição dela era a constante batalha de ideias que havia dentro de si. Não conseguia compor uma música se quer, mesmo amando cantar; não conseguia escrever um livro, mesmo tendo um amor imenso pela escrita; não conseguia escrever um pequeno poema, mesmo estando sempre a par dos melhores poetas de seu país, dos seus melhores trabalhos; mesmo amando ler poemas e pensar sobre seus temas de maneira que levassem-na para muito longe do lugar onde estava. Contudo, ela não conseguia compor ou escrever.
Havia muito inspiração no coração daquela menina, uma inspiração que ficava à flor da sua pele, se debatia, gritava, mas não conseguia se libertar. A menina podia parar, pensar bastante durante horas, e a inspiração continuava dentro dela, sem encontrar uma porta de saída, uma válvula de escape. O choro vinha aos olhos dela, sentia angústia, passava a ter um gosto amargo na boca. Mas, quando momentos como esses chegavam até ela, o que acontecia com frequência, procurava ouvir alguma música que abraçasse-a, confortasse-a com a sua melodia e palavras. Seu gosto musical era a sua alma e, na escolha da música certa, a calma, a quietude enrroscava-a nos seus braços, tirando a acidez de sua boca e a amargura do seu coração temporariamente.


Nota: não esqueci de responder a pergunta que finaliza a primeira parte deste texto. Ela será respondida implicitamente na quarta (e última) parte deste texto.

5 comentários:

Anônimo disse...

Adorei seu texto. Muito bonito!
Beijos. Au revoir.

Unknown disse...

Será que eu posso roubá-la por alguns minutos do seu texto, agarrar os dedos dela e levá-la para passear? Nhwm, ela é apaixonante. Já disse isso e repito. Apaixonante até demais.

Kal Cavalcante disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kal Cavalcante disse...

Caramba, me identifiquei muitoo com você! Amaei esse texto, focado em uma garota especial, talvez em alguém que realmente exista, que você viu passar na rua e de repente se viu imaginando coisas a seu respeito... Digo isso porque aconteve sempre comigo, e assim como você tenho essa estranha mania de observar as pessoas, refletir filosofar, criar histórias...
Adorei o texto, garota! Continue assim, parabéns!

Fernanda disse...

Adorei, lindo, parabéns!
Beijos.

http://aoabrirajanela.blogspot.com/