sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Choro da Alma, terceira parte.

No final de tudo, o silêncio continuou no ar. A violência não acabou, apenas fugiu para as sombras, para lugares onde nossos olhos não enxergariam quando entrassem em ação. Vieram com papo de liberdade intelectual mas, depois disso, não encontrei nenhum pensamento novo, nenhuma ideia nova, nada revolucionário. Isto está mais me parecendo com a Idade Média. E a Igreja não é única que anda no poder. Encontrei uma comodidade sem fim em que ouço reclamações sobre mas não vejo movimentarem um músculo para que haja mudanças ou melhoras.
Se tens liberdade, por que não pensas? Se teu pensamento és o limite, por que não crias, homem? Pense por todos os pensamentos que ainda não foram pensados. Fale em tudo que ainda não foi falado. Não se acomode, necessite, pois a criação caminha ao lado da necessidade. Há um mundo de ideias te encarando ao seu redor, elas esperam que você escolha, ao menos, uma delas mas continuas fingindo que não são existentes e as ignora por completo. Ah, homem...

Nota: agora, a Ditadura Militar deixou de ser o personagem principal do meu choro da alma. Enxergue que a violência que falo na primeira linha do texto não é do tipo causada por assaltos, por exemplo, é o tipo que o governo utiliza junto com a sua brutalidade, quando usada.

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