Da nave víamos
O azul
Gigantesco
Brilhante
Um mundo
azulado,
A Terra
Imaginávamos
os corações
os sorrisos
os abraços
Imaginávamos
as outras imaginações
as esperanças
os pensamentos
e as outras luzes
e as outras cores
De repente
Pude ver mais
do aquele o azul
Será que ele também veria
o mesmo?
"Você vê?"
Não, não via
Aquele azul colorido
estava só nos meus olhos
E em mim
Que pena que vê apenas o azul sem cor
Lindo, mas sem cor
Este era mais belo ainda
E não estava sozinho
Chamou os amigos
Fizeram a festa
dentro de mim
Assim como faziam
Com os outros olhos
lá de baixo
Que os observavam
brilhantemente
Explodiam
junto a mim,
junto a eles
Eram os fogos,
os vestígios deles
O quase nada
Transformou-se
Em tudo
Ganhei minha noite
Ganhei o mundo
Nascia, assim,
no meio de toda a solidão,
uma alegria
[Sobre dois astronautas em órbita numa noite de ano novo. Um imaginou tanto que chegou a enxergar o que seria impossível de enxergar naquelas circunstâncias. E, foi assim que imaginação ganhou vida.]
Laryssa Guimarães
2 comentários:
Belo azul! :)
Nossa, essa foi uma daquelas raras ocasiões em que eu consegui sentir e ver tudo o que a personagem sentiu ! A ultima vez que me senti assim foi quando vi V for Vendetta eu acho ! Está de parabéns Laryh ! Gosto do seu estilo "Freelancer" de escrever ! E saudades Dona Moça !
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