Café com frescor, com renascer, com amor. Café doce e forte, com sentimentos, com lembrança que trazia sorrisos e um aperto, uma leveza; a saudade.
Lembrava-se da vida. Lembrava-se de como foi vivê-la, esquecia-se de que estes eram os seus últimos dias aqui, neste mundo. (Queria esquecer-se, então, lembrava-se.)
Percebeu que sua amiga, para quem acordava de manhã querendo contar as novidades era... ela mesma. Percebeu que estava só, completamente só. Tinha somente a si.
Contou mais uma novidade a sua amiga. As novidades agora não mereciam ser chamadas por este nome, pois já haviam acontecido há tempos, eram tão idosas quanto ela. Mas insistia em lembrar-se da felicidade. Era teimosa, e da felicidade não esqueceria.
Tomou mais um gole de lembranças, de sentimentos, de café e passou a mão no cabelo. Já que não tinha ninguém mais para acariciá-la, acariciou-se e sorriu para a solidão chorando com a alma.
Neste momento, apareci. Peguei-na com este olhar de choro e sorriso. Surpreendi-a e tasquei-lhe um abraço apertado. Ela se derramou em lágrimas, eu também. Fi-la sentir-se querida, especial, importante. Ela não só sentiu, mas soube que ela realmente é aquilo que havia sentido ser. E este momento entraria para a sua coleção de sorrisos, de momentos que deixaram seu coração leve e fizeram-na feliz.
[Nota: Na verdade, as novidades ainda eram novas. O olhar dela sobre os acontecimentos mudava constantemente fazendo com que estes nunca envelheçam.]
[Nota: Na verdade, as novidades ainda eram novas. O olhar dela sobre os acontecimentos mudava constantemente fazendo com que estes nunca envelheçam.]
2 comentários:
Nós sempre tomamos dessa xícara, né? Às vezes um pouco, às vezes muito...
Beijos, querida.
Como a Nati disse, "nós sempre tomamos dessa xícara, né?". Eu tomo sempre, é tão bom lembrar... mas sentir saudade às vezes não é tão bom assim...
Beijos!
Postar um comentário