Fruto de outras sementes, nasceu.
Cresceu.
Cresceu colhendo os raios de sol
e o brilho da lua
(regavam-no)
enquanto plantava-os
pouco a pouco
em si.
Agora era a hora dele próprio ser:
fruto (amadurecendo-se)
semente (plantada em outras mentes)
sol, que ensinou-o a amanhecer
após cada noite, seja num céu azul ou numa tempestade
lua, como continuar luzindo mesmo na escuridão
E as estrelas assistiram:
transformou-se na própria primavera
que entre as cores das flores distribuía
a leveza do sonhar
a persistência para seguir
os caminhos traçados a nós
Mesmo que a estação passasse,
ainda haveria a lembrança
ainda há as sementes
(fruto daquela que se foi)
e primaveras ainda haverão
Ítalo.
Não só tinha a primavera em si,
mas também distribuía,
com pureza e alegria,
sementes que trariam outras
próximas primaveras.
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