14 de abril de 2015.
Um dia em branco. Branco entre aspas. O sentido de falar que veio e nada, o branco, foi o que consegui expressar. Somente a marca do dia, a data. E o sentimento que esteve comigo. E tudo que estava comigo e não ganhou voz, a minha própria. Um cale-se. Calou-se. Si len cio sa men te. Não já esperando que isso acontecesse, mas o dia passou. E aqui somente um página em branco em memória do que poderia ser dito e simplesmente não foi. Assim como muitos textos incompletos. Que começam e terminam sem nem mesmo acabar de escrever uma palavra. E depois não se sabe. Não se sabe para onde ia aquela palavra, para onde nos levaria, para qual próxima palavra nos levaria. Há ali somente ela, incompleta. Incompl incomp incom inco inc in i .
O que traz a infinitude do que
poderia ser escrito.
E com essa mesma infinitude,
abre um outro texto.
O próximo.
Talvez aquele mesmo já indo
para um outro caminho.
Talvez outro
que nem estava ali antes,
simplesmente despertou.
O que faz ser incompleto,
o que faz trazer um outro:
o não sabemos,
mas que
simplesmente
é.
Um comentário:
Cara, você provavelmente não vai lembrar de mim. A gente costumava a se falar há muitos anos atrás quando eu ainda escrevia alguma coisa. Hoje, por algum motivo, eu resolvi ler todos os textos do meu blog e junto com alguns comentários, eu achei um seu. Nele você também me perguntava se eu ainda lembrava de você e dizia que eu tinha sido uma das primeiras pessoas a comentar no seu blog. Fiquei muito feliz ao vir aqui e ver que você continua escrevendo. É bem difícil se manter nisso depois de todo esse tempo. Eu me lembro de gostar do que você escrevia e isso não mudou. Anyway, espero que você esteja bem, de verdade. Beijo :)
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