Acontece que não tem hora certa. Simplesmente vem e encontra. Como um bicho que vem voando não sei de onde e pousa e incomoda. Melhor do que isso, formiga. Vai mexendo por ali devagarinho até você perceber, até você sentir e se mexer também. Quais mais se mexe, mais percebe, mais sente. Mais cresce. Vem como o canto do passarinho que inflama do peito quando vê à tarde caindo, a manhã subindo. Vem como a borboleta que não sabe quando vai ventar mas, quando venta, voa. Vem como um sorriso que não se percebe quando ele chega, de repente está lá. Vem como aquela vontade de abraçar. Aquela vontade de dizer: que saudade. Que saudade. Que saudade desse vem. Nunca sei quando vai chegar. Mas ele vem. De vez em quando, sempre vem. Traz essa coceirinha no coração. Cria essas asas. Uma imaginação própria. Cheia de vida que diz pra minha vida que não simplesmente pro tempo passar.
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