Palavras soltas que interligadas, um poema. O teu poema interior. Quando começava, deixava que falasse. Que falasse mesmo que eu não entendesse naquele momento. Aquelas palavras seriam tanto para o futuro quanto ao passado o elo com o presente. Assim, declamava seu poema interior.
Repleto de reticências, formava os versos. Os versos, repletos de pontos incompletos, formava as estrofes. As estrofes, repletas de si, os poemas. Os poemas, o mar. O mar que as palavras navegavam bravamente. Bravamente, descobriam. Descobriam as tempestades, sorriam diante das lágrimas do céu que molhavam o corpo ao perceber o encontro das gotas de cima com as gotas do plano esférico. O encontro da nuvem que nada e da grande nuvem que voa. Era essa a procura. E o encontro era infinito porque refletia o infinito da finitude:
o ciclo
da água
e de si.
Descobriam as nuvens. As nuvens descobriam seus reflexos na água. As nuvens, a água te faziam descobrir as palavras. As palavras faziam com que se descobrisse.
Teu poema, ainda não avistaram o verso final, mas sabem que está além do rascunho - é a junção de rascunhos, de rabiscos, de letras ainda sem formas e tortas com aquelas já bem definidas e desenhadas. Escreve-o com os dias. Toma os pensamentos como lápis. Toma o mundo como papel. Escreve-o com o interior e aprende a exteriorizá-lo. Escreva-o e espero que por mais um bocado de tempo.
Descobriam as nuvens. As nuvens descobriam seus reflexos na água. As nuvens, a água te faziam descobrir as palavras. As palavras faziam com que se descobrisse.
Teu poema, ainda não avistaram o verso final, mas sabem que está além do rascunho - é a junção de rascunhos, de rabiscos, de letras ainda sem formas e tortas com aquelas já bem definidas e desenhadas. Escreve-o com os dias. Toma os pensamentos como lápis. Toma o mundo como papel. Escreve-o com o interior e aprende a exteriorizá-lo. Escreva-o e espero que por mais um bocado de tempo.
Um comentário:
Segui o fluxo dessas palavras e me inundei de maravilhas! Grata!
Que o dia-a-dia não nos seja vago, que nos desperte a poesia.
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