Aquela noite. Aquele dia em que acordo com a frase "hoje eu tive um sonho ruim". Explicação de um acordar cedo, acordar antes da hora que realmente faz, o acordar. Apesar do sonho "ruim", há uma disposição (incompreendida externamente), mas deixando-me mais perto da leveza do caminho.
A influência que dizem existir existe realmente. E sem como mentir, ela aparece. Na maneira mais clara, na maneira mais profunda. E na maneira mais notada, dizendo: liberte-se. O que aparece no meu sonho não é o que penso, mas o que ouvi ou disseram. Como se ela fizesse parte de uma trama, uma trama que nunca fez parte dela. E aparece claramente, caminhando, no olhar. Sem dizer uma palavra, ela passa e deixa todo o sentido escondido agora à mostra. Agora entendo sobre o que falavam do sonho. Na verdade, descubro porque o que me aparece ainda é aos poucos (mas o pouco que muito revela). Uma maneira de olhar para o mais dentro de nós e enxergar o que existe incontestavelmente e só, depois de enxergar, contestar. (E mudar.) Não há liberdade maior do que pensar por você mesmo, por isso mudar. Não há liberdade maior do que, o interior conversar com você mesmo (e isso, sim, aparecer no sonho, esse que revela um tanto da verdade, seja de liberdade ou prisão). Ver o que pensa, o que sente, andando, caminhando, criando histórias involuntárias e que existem o tempo todo. Quietas e ao mesmo tempo falantes, guia das atitudes. E da maneira como me comporto. Agora sei que ela criatura silenciosa, pensamento andante, não quero vê-la de novo (e quando assim for, saberei que uma partezinha, mínima, de mim estará mais livre do que era antes).
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