quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Com o silêncio, coração(ões) crescente(s)
Talvez o silêncio tenha me escolhido. No silêncio e o quanto eu sinto. As palavras e o interior delas, os desdobramentos, o que quer realmente dizer e não é dito, se esconde mas se revela no silêncio que me escolhe para percebê-los. O quanto o mundo se abre, e o quanto também ele se fecha mesmo quando não há uma só palavra. E o que fica nesse interior, parte vem a mim. Às vezes me pergunto se alguém também vê. Se veem, muitos ficam também em silêncio e, em vez de serem penetrados por ele, o ignoram e agem errado, escolhem errado todos os dias. Mas o silêncio sempre existe. E assim existe também a mudança. Como ele é. O impacto que ele tem. A ruptura entre uma palavra e outra. A ruptura na busca de uma palavra, ao não saber o que falar nem mesmo pensar. Ao pensar do que dirá, o cuidado. E a resposta é que alguns sentem, sim. Mas parece que agimos distantes um do outro, cada um com o que os cerca. E assim parece que, no final, agimos juntos. O silêncio que muitas vezes parece um peso, é, se transforma, num presente.
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