você marcha, José!
José, pra onde?
C. Drummond
Pra onde? Pra onde? Pra onde?
Eu marcho... José, pra onde?
José, bem que você poderia ter todas as respostas do (mu)n(do).
Mas isso seria uma rima ou uma solução? Ou talvez devesse ser mesmo assim: você, José, a marcha,
o onde-não-se-sabe-onde-é.
Mas é logo ali, José. Sempre logo ali...
E, enquanto isso, a gente marcha.
Marcha, enquanto o isso
E, enquanto isso, a gente marcha.
Marcha, enquanto o isso
nos atropela.
[Não é poema. Não é prosa. Não tem rima. É José. É interrogação.]
Um comentário:
"A história parece ter nascido de notas. Nela, vejo os pensamentos de um escritor em carne e osso para escrever algo maior; vejo a montagem de um cenário acontecer aos poucos. No fim, a peça começa, o filme roda numa reticências que cada um pode imaginar de uma maneira diferente, mesmo sendo sempre apenas três pontinhos que se acompanham."
Essas foram suas palavras para uma pequena crônica minha que postei no Mensageiros do Subsolo. Agradeço por me arrancar um sorriso nesta madrugada tão insólita.
O Mensageiros "acabou" há um tempo. Começamos com ideais e acabamos com eles ao mesmo tempo. Deixo aqui meu blog pessoal, talvez seja do seu interesse. Nem sei se lembras mais da crônica, não ser se te importas com essas palavras tolas que eu estou dizendo, mas é o que me resta nesta falta de sono.
Quanto às suas palavras, apenas digo-te para não parar. Não importa a direção ou o sentido. Essas coisas são questões de física que a gente resolve na escola. Direção e sentido não interessam, o importante é continuar marchando. Mesmo no chão de vidro, mesmo no mar de angústias.
Não sei se estou falando coisa com coisa. Mas, boa noite, de qualquer forma.
http://rudimentarium.blogspot.com.br/
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