Uma hora é preciso largar tudo que me segura. Tudo que me segura para ir direto, correndo, sem cambalear, duvidar, para aquilo que é mais puro em mim, mais interior. Largar o que seguro em minhas mãos, o caminho para onde eu ia ao perceber que existe um que é antes de todos. O próprio perceber. Diante dele, não há preguiça ou motivo para desviar, apenas a única e melhor escolha se segui-lo. (O quanto já me fez sofrer... eu nunca saberei, nem mesmo o quanto eu ainda sofrerei por ele.) E então vou. Não é pressa, mas determinação que me leva. E me faz pensar um pensamento indo para o outro, que parecem seguir ainda mais do que eu ou ir embora. Por isso eu vou, antes que vão. E vão também. Como já percebi também esse momento e como dói não vivê-lo. Como pode algo que faz parte de você às vezes parecer ir embora como se não fizesse? Mas ainda bem que existe o momento que essa parte volta. Até porque, é parte de mim. (E nunca se vai. Eu que vou, não é ela.( Que eu sempre volte.).) E continuará sendo, assim, dessa maneira uma das únicas de me libertar: escrever. No infinitivo. Desviar-me do que me desvia, do que eu seguro e me encontrar. Mais uma vez. Todas necessárias. Todas essências, e sempre em minha essência. Mesmo que eu nunca consiga escrever de verdade o que realmente é, mas enquanto houver esse lampejo, escreverei.
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